As editoras se reinventaram e, por isso, as histórias em quadrinhos continuaram no gosto popular
As histórias em quadrinhos, carinhosamente conhecidas como HQ’s, ganharam espaço mundo afora em revistas e jornais. Com a popularização da internet, muitas pessoas acreditaram que elas acabariam morrendo, assim como outras mídias. Isso se baseou na ideia de que jornais impressos e livros estariam condenados com a chegada da Era Digital e tudo se concentraria na tela dos computadores.
Mas não foi o que aconteceu. As pessoas ainda leem jornais em sua forma física, e apesar da popularização dos e-books, o livro nunca chegou a ser completamente substituído. Com as histórias em quadrinhos não foi diferente. Houve, aliás, um ‘final’ ainda mais feliz, uma vez que as editoras souberam utilizar a web a seu favor. Ao invés de lutar contra o formato digital, elas uniram todos os meios para fazer com que seus personagens ficassem ainda mais populares.
Combatendo a Pirataria
No mundo da internet, o maior de todos os vilões é a pirataria. Os heróis das histórias em quadrinhos sofrem até hoje para enfrentá-lo. Os “scans”, como são chamadas as páginas digitalizadas distribuídas ilegalmente, ainda são o maior problema que as editoras devem enfrentar.
Para enfrentar o problema, algumas empresas criaram mecanismos. Tanto a DC quanto a Marvel passaram a produzir seus próprios scans e vendê-los a preços menores do que as das revistas de bancas.
E elas foram ainda mais longe! Eles digitalizaram suas publicações e as transformaram em conteúdo multimídia. A DC, por exemplo, quando relançou Watchmen inseriu quadros com animações de movimento, narração e até mesmo música de fundo. A Marvel também fez um misto de quadrinhos e desenhos animados com o chamado “Marvel Motion Comics”. Diversas histórias já existentes em revistas foram adaptadas e transformaram-se em verdadeiras obras impossíveis de serem reproduzidas ilegalmente. O único ponto negativo é que esse serviço ainda está indisponível para fora dos Estados Unidos.
ofereça benefícios aos usuários
Uma outra estratégia para combater a pirataria foi atacar todos os locais em que esses scans apareciam e oferecer ao usuário ainda mais benefícios. Dessa forma, além da tela do computador, passou a ser possível ler as aventuras de todos os heróis pelo iPhone, iPad e até mesmo pelo videogame.
Enquanto empresas maiores criaram páginas próprias para vender seu material digital, editoras menores recorreram a outras alternativas. Programas como o Graphic.ly, por exemplo, são uma espécie de leitor, loja e rede social em que pessoas com gostos em comum conversam e trocam ideias sobre o universo das histórias em quadrinhos. A vantagem é que, além de comprar as revistas com preços reduzidos, o leitor pode acessar edições gratuitas para iniciar sua coleção.